1 de abril de 2015

Frágil, EU sou.

Para começar, sou mimada; adoro mimos - afectos são a minha necessidade.
Gosto de mãos dadas a todo o instante; preciso de conversar horas a fio sobre o amor; gosto de beijos que não precisam de hora marcada ou motivos. Sou teimosa, irritante e tenho mau feitio. Sou ciumenta quando o meu coração se sente ameaçado.
Gosto de simplicidade nas palavras mas garra nas atitudes. Sei pedir desculpa quando magoo e choro quando me magoam. Posso até demorar dias a ficar melhor. Gosto de...
me permitir chorar - mostrar sentimentos e ser transparente nas minhas emoções. Sou frágil e não me envergonho de o transmitir. Gosto de partilhar: risos, lágrimas, momentos, conversas e café.

 Gosto de romance; de palavras doces que me fazem corar. De viajar nos sentimentos sem ter necessidade de olhar em frente ou para trás: tão somente vive-los no aqui e agora. Sou intensa nos sentimentos e na vida - meio termo não se conjuga com a minha maneira de Ser.
Sei que não sou fácil de lidar quando preciso de espaço, de me agarrar a mim mesma e fugir do mundo.
Sei que sou uma criança quando procuro sorrisos espontâneos. Sou ouvinte quando as lágrimas não conseguem mudar a dor do Outro.
Sou mulher quando dois é o momento. Sou um murmúrio do vento, que traz Amor - puro, transparente e Real.
Quem chegar (para ficar)... saberá quão raras as pessoas assim são.


Gosto do ar fresco que embate na alma. Gosto de aprender, de pedir perdão e recomeçar. Gosto de sentir os raios de sol a alimentar a minha simplicidade. Evito a negatividade e pessoas que a transportem. Sou Sonhadora, louca e aventureira.
Amo quem ama a vida. Quem não tem medo de arriscar, de dar o salto para o amanhã. Quem não se agarra aos "ses" que não levam a lugar nenhum.
Valorizo quem não vive com máscaras; quem se dá sem restrições. Preocupo-me com as pessoas que não ...entendem o significado de "dois". Eu só quero ter o riso despreocupado de uma criança, a inocência e o amor incondicional no coração.
Não acredito na força da inveja, da maldade e dos ressabiados deste mundo. Recebemos apenas aquilo que aceitamos - temos esse poder.
Gosto de gestos mais do que as palavras que se colam a nós. Sinto que o Amor é a regra da vida.
Quero um amor para toda a vida, daqueles que só vêm nos contos de fadas e podemos adaptar para a realidade - com uma caneta e uma grande dose de dedicação e paciência.
Um amor que se una ao Amor que sinto por mim.


Bárbara Pereira

 

Intensidade

Há dias que procuramos o "Desligar". Pousamos o coração e pedimos, com o olhar inundado em lágrimas e o sorriso cheio de esperança tímida, que Ele descanse, que recupere - ganhe forças para novas Lutas. Lutas que acontecem daqui a nada, sem pausas ou interrupções. A vida é breve se considerarmos a ânsia que temos em Ser.
Estes são os sinais de quem se esgota na intensidade da vida e da entrega. Quem oferece tudo aquilo que É. Pedimos para parar e limpamos a Alma, com lágrimas... que nos levam a lugares distantes, que normalmente chamamos de lembranças. Caminhamos na direcção oposta ao passado e isso assusta-nos, e com razão. Não quero ter mais do aquilo que mereço, nem expectativas, nem tão pouco certezas - quero apenas saber que fiz tudo, que dei tudo - mesmo que isso tenha esgotado em mim a força. Saber que onde coloquei a minha intenção, foi com Amor Sincero, sem máscaras nem proteção.
Não vou negar que não fui perfeita - Não fui, não Sou, nem intenciono Ser. Dou o melhor que posso, com aquilo que disponha aliada à pureza da aceitação das minhas limitações. Não sei se cheguei ou se parti, é sempre dúbio entender a ordem das coisas. Nem tão pouco sei se alguma vez saí do lugar em que me encontro.
Sei somente, que neste instante, estou neste lugar que me obriga a ver o mais profundo de mim, e lá, encontro a dor que guardei nos momentos que não estava disponível para mim mesma. É difícil estar só - é curativo, mas difícil.
É mais fácil sermos o Outro. Vermos o nosso reflexo no Outro.
Mas eu tenho de contar, o que me dói aqui no coração - não quero mais negar que o Amor me dilacera. E quanto mais dilacera, mais eu quero ficar.
Cometo erros, que se não existissem não fariam de mim a pessoa única que sou; erros que mostram o quão frágil e divina posso Ser. Porque a perfeição é isto: errar e mesmo assim amar aquilo que somos. Será que os outros algum dia estarão preparados para amar quem realmente Somos? Eu não digo nada, só por dizer.
Tudo aquilo que sou, faço e digo - é com o coração. E quantas vezes exagerei pela intensidade com que meu coração vive...
Bárbara Pereira


15 de fevereiro de 2015

Bem-Me-Quero

Por algum tempo, o meu coração parou de ditar palavras para vos escrever,

Hoje, após este silêncio literário, partilho convosco um sonho que se reflecte em forma de página e Espaço Fisico:


Visite e consulte mais informações em


Sinto-me lisonjeada por partilhar neste (blog) para todos vocês que sempre me acompanharam, mesmo através do silêncio.

Convido-vos a visitar e adicionar a página de Facebook.

Grata.


Sejam FELIZES 

Namastê






GRATIDÃO
POR ESTAREM DESSE LADO.
Bárbara Pereira

4 de abril de 2014

"Let it Go" ...

 
Acredito que somos o que somos pelo caminho que percorremos toda a vida; sem retirar nenhum momento da existência; e, o passado faz parte das nossas cicatrizes, dos nossos sorrisos, da saudade, da lembrança, das lágrimas, de um Todo que Somos.
Mas chega uma altura da vida, em que nos conhecemos realmente, ou pelo menos, começamos a fazê-lo sem máscaras, e deixamos ir - coisas, pessoas, sentimentos - que não nos fazem bem; libertar a bagagem do coração, viver a vida sem o peso...
dispensável... agarrar a vida, apenas com fé, coragem e persistência.
Já não me afecta o que as pessoas pensam sobre mim, nem fico chocada com o número elevado que vive a vida dos outros em vez da sua; um dia, acabamos por perceber o que realmente importa e o que é supérfluo. Compreendemos que há vidas vazias.
As energias (as nossas energias) são da nossa alma, devemos respeita-las e usa-las no e para o bem.
Por tudo isso "Let it Go" ...

21 de fevereiro de 2014

Mundo de Sonhos

Não tenho em mim todos os sonhos do Mundo,
mas tenho em mim toda a fé e esperança que o Mundo me traga muitos sonhos.
E que eu esteja sempre motivada e com força para os agradecer e aproveitar.
O dia a dia - é preto e branco, e somos nós que trazemos as cores que mais gostamos para a nossa vida.
E eu quero - a minha vida colorida, um mundo de sonhos por explorar, novas experiências, novos objectivos, novas pessoas.. um novo Eu, a cada momento.
Porque, não quero todos os sonhos do Mundo, quero apenas o meu pequeno Mundo de sonhos.

11 de junho de 2013

Mais de mim...

"O meu mundo fechou-se. Ontem. E continuará assim Hoje. 
Não gosto de desistir. Não gosto que desistam de mim. Magoa. Desespera. Ataca a alma. 

Faz com que rios estranhos escorram pela nossa face. Rios alheios às nossas ordens. Rios com vida própria que criam o caos. A loucura. A insanidade emocional.
Gosto de sentir o quanto tudo pode ser perfeito. Se não o é, não gosto de ilusões. Deixei ir, partir, acabar. Fim. Porque gosto de recomeçar. De me superar. Gosto de me sentir forte. Amo o amor. Amo ainda mais a minha paz emocional. Amo a oportunidade de um novo dia. Mesmo sem sol, mesmo sem apoio. Amo apenas a possibilidade de novos horizontes, de novas batalhas. De novos caminhos. Do desconhecido.
Tenho um coração vazio pronto a retomar o seu caminho. Corajoso. Cansado de lutas vãs. Recheado de dor. Mas tão somente meu. Pertence-me novamente.
Não me peçam para lutar de forma unidireccional. Canso-me. Não discuto mais. Não corro atrás.

 Mas também não pretendo ficar no mesmo sítio. Vou usar a dor a meu favor. Tornar a raiva como impulsionador de algo melhor. Superar as minhas próprias expectativas. Superar-me. Porque jamais serei igual.
Amo o amor que faz jus ao seu nome. Dispenso falsos sentimentos que nos fazem viver em corda bamba. Sentimentos que nos ferem a cada desilusão.
Acabou. Não é a primeira vez que a esperança acaba. Mas é a última. Não gosto de dizer adeus. Então, que seja um "até já"."

10 de junho de 2013

Parte de mim

Gosto de misturar extremos. Não sou de meios termos, nem do "assim assim".
Mais ou menos não faz parte do meu vocabulário emocional.
Amo e odeio ao mesmo tempo. Com a mesma força! Luto e desisto com a mesma convicção. 
Fujo com a mesma rapidez que volto. Quero tudo ou então não quero nada. Vou ao fim do mundo por quem gosto, mas não dou um passo por quem não me diz nada. 
Infelizmente dou demais de mim, mas nunca me arrependo. Porque aprendo. Melhoro. Cresço por mim. 
Luto até ao limite das minhas forças, procuro o amor até o coração me doer. 
Mas se desisto, fecho o meu Mundo.
Gosto de jogos perigosos e de amores confortáveis. Gosto do Sim. E do Não. Nunca do talvez. Não gosto de indecisões. De "está tudo bem, vamos viver o dia a dia".
Gosto de aventuras. De ter os pés no chão e o coração nas nuvens.
Gosto de conquistar, e de ser conquistada. Com palavras, gestos e sem omissões. 
Não gosto que me digam coisas bonitas. Não é que não goste de as ouvir. Gosto. Mas perdem todo o significado quando aquilo que se diz não se reflecte nas atitudes. Raramente existe uma ponte entre o dizer e o reagir. As pessoas acomodam-se às palavras.E depois param, deixam-se ficar pelo dito. Os outros têm de adivinhar o não dito.
Não gosto que digam que gostam de mim, quando nem sequer me perguntam se estou bem. Quando não estranham a ausência do meu sorriso. Quando uma lágrima não provoca sensibilidade num coração.
Não gosto quando me dizem que sentem a minha falta, quando essas mesmas pessoas estão impiedosamente ausentes. Sem calor humano, sem paixão. Sem Ser.
Gosto das noites quentes em frente à lareira recheadas de mimos e paixão que enlouquece.
Gosto de mergulhar em abraços e mimos. De escalar um corpo quente de desejo. 
Gosto de ultrapassar os limites. De mexer com as mentes fechadas. Distrair o pessimismo e agarrar o optimismo. Gosto de contrariar o destino. 
Apaixono-me facilmente pela brisa do mar, por passos descalços na areia molhada. Gosto das ondas que culminam no meu olhar. Gosto do infinito do mar e da pureza que os sonhos alcançam na infinidade do momento. 
Gosto de ser eu. De saber que posso melhorar. Ou piorar. Mas ser sempre a essência que me caracteriza.
Não gosto de futilidade. De aspecto bonito, mas alma estragada. Gosto de corações guerreiros, que se empenham na felicidade. Não gosto de pessoas que se prendem ao "a vida é assim". 
Gosto dos livros. Da magia e da criatividade. Gosto do mundo que existe oposto a este que vivemos, que só existe na alma dos sonhadores.

Não me peçam para ser igual. Parte de mim será sempre diferente.



29 de maio de 2013

Amor Próprio

Eu sei, 
que as pessoas nos podem decepcionar bruscamente - entram na nossa vida sem permissão e conquistam-nos, tornam-se responsáveis pela nossa alma. Não se apercebem da responsabilidade que adquiriram pela nossa felicidade. Não têm consciência do poder dos seus actos e atitudes. Dos gestos e omissões.
Amar é deixar de ser só, 
amar é sermos dois numa única alma e coração. Dois por um.
Quando a responsabilidade é tão grandiosa, raras são as pessoas que se mantêm firmes e fiéis ao compromisso de uma vida. Haverá maior dádiva que amar alguém e ser amado? 
Somos seres demasiado imperfeitos para respeitar as almas; para dar valor ao que arduamente se constrói. Demasiado falíveis para reconhecer que perdemos.
Amanhã é outro dia, mas a história - essa não se repete. O que aconteceu hoje, fica na caixinha dos pensamentos. Só se transforma em futuro, aquilo pelo qual se lutou.
Amanhã é um novo começo. Hoje, é a recordação do que poderia ter sido.
Acredito muito em mim e na força do meu coração. E não há maior amor no Mundo, que o Amor (e respeito) Próprio ♥

9 de abril de 2013

Sobre o Amor..

Nem todas as historias de amor começam com o
" Era uma vez um príncipe e uma princesa (...)"
e termina em
"Felizes para sempre."
BP

26 de fevereiro de 2013

Origens


Do fundo da minha alma sei, que sempre que a brisa do vento sopra na minha direcção,
me sinto na Natureza imaculadamente intocável;
E quando a coragem acaba, sinto que me deveria proteger num local mágico como esta paisagem. Onde as forças milagrosamente renasceriam.
Todos os dias, na azafama dos problemas -  nos esquecemos de quem Somos. Damos prioridade às lágrimas e ao desespero, e abdicamos daquilo que irradia do nosso Ser.
Somos Seres virtuosos e naturalmente felizes, porque estragar tudo por momentos tristes que nos envolvem a cada dia? Porque insistimos nas coisas que não nos fazem bem? Porque desistimos sem mesmo dar uma oportunidade a nós mesmos de vencer?
Já não tenho palavras que possam mudar o meu caminho; simplesmente me rendo..
e sei, que a cada dia, o percurso do herói é verdadeiramente solitário.

21 de outubro de 2012

Liberdade

A vida só começa a ser realmente vivida, quando deixamos de ter medo de arriscar, de sonhar e de ir além fronteiras.
Na maior parte do tempo vivemos numa bolha que nos impede de ver mais longe do que aquilo que enxergamos diariamente.
Temos medo, tanto medo de fracassar que nos deixamos consumir pelas mesmas coisas de sempre, que nos magoam e fazem sentir que estamos parados no tempo.
Temos de fazer escolhas - e as melhores - são sempre as que parecem mais difíceis de tomar.
Quando o horizonte parece assustador, é quando o sol brilhará dentro e fora da nossa alma.
Porque os caminhos mais difíceis são de facto, os mais promissores.
Por vezes, sinto medo de viver a minha vida. E isso, dá oportunidade que "outros" a vivam por nós -  através de opiniões, palpites e atitudes.
Quando tivermos coragem de seguir sozinhos e enfrentar os nossos medos e angustias, seremos efectivamente livres.
Não tenho muitos sonhos para o dia de amanhã, apenas um: ser livre.
E a liberdade não é um conceito somente físico.
A liberdade da alma, é chegar ao fim do dia e sentir que o sol brilhou todos os segundos; é chegar a casa e saber que teremos o nosso espaço de paz; é acordar com vontade de vencer mais um dia incansavelmente difícil.
Uma vez disse " O percurso do herói é solitário" -  definitivamente, é verdade.
Porque sempre que esperamos o braço de alguém, estamos a perder parte de nós, parte do nosso caminho e parte da nossa história.

Liberdade é deixar voar os nossos sonhos, sem medo e sem hesitações -  e acima de tudo, sem interferências

27 de julho de 2012

História de Vida


"Somos nós que construímos a nossa história,

escolhemos as personagens principais e as secundárias... decidimos enredos e locais de cena...

não entendo, porque não temos um final feliz."
BP

27 de junho de 2012

Um pouco de céu - Mafalda Veiga




" Só hoje senti que o rumo a seguir levava para longe

senti que este chão já não tinha espaço para tudo o que foge
não sei o motivo para ir
só sei que não posso ficar
não sei o que vem a seguir
mas quero procurar
e hoje deixei de tentar erguer os planos de sempre
aqueles que são para outro amanhã, que há-de ser diferente
Não quero levar o que dei
(...)
Só hoje esperei já sem desespero que a noite caísse
nenhuma palavra foi hoje diferente do que já se disse
e há qualquer coisa a nascer
bem dentro, bem fundo de mim
e há uma força a vencer
(...)
hoje,
parece bastar um pouco de céu"

Esta música é simplesmente perfeita*

Menos, é mais.

Não são todas, as noites em que ao invés do olhar se fechar ao descanso.. dele brotam pequenas lágrimas sofridas, mascaradas durante o dia, com grandes sorrisos e pequenos gestos.
{hoje é a noite}
Tenho em mim todas as incertezas do mundo e, com elas, o desejo de acreditar numa defesa interior, que me faça brilhar. Saltar a um novo patamar. Crescer. Amadurecer emocionalmente.


"O segredo para ter mais não é ter mais; é precisar de menos."
Pedro Chagas

E por vezes, ter-nos a nós mesmos, é mais que suficiente para a plenitude; Correr atrás da aceitação e amor de segundos [e de terceiros] é meio caminho para a ilusão. 
E consequentemente para a desilusão.
Avaliar melhor a nossa capacidade individual, é de génio. 
Criar um circulo que nos proteja do "mais" é essencial para a sanidade emocional.


Cada lugar por onde passo, sinto que a ele não pertenço. E hoje apenas isso, me faz acreditar que a eterna felicidade está na nossa individualidade. 
Naquilo que prospera nas nossas mãos; 
que emerge do nosso esforço, 
que se ampara na nossa dedicação e coragem.


Como um dia escrevi, o percurso do herói é individual; a necessidade de segundos {terceiros e por aí afora}, na nossa vida, é essencial, para mantermos os laços de uma normal socialização e, paralelo, encaixe no mundo.
Mas os laços, os verdadeiros laços  
- laço intransmissível , intemporal,  sincero, fiel.. esses, só mesmo os que moram junto ao nosso ser. Como quem diz, nós mesmos.


Deixei voar os sonhos, e pedi, que acalmasse a tormenta. Mas feri-me. Enquanto escurece, peço por tudo que consiga avançar nas decisões mais difíceis para o coração, mas mais correctas para a razão.


Não é difícil viver com pouco - difícil, é ser feliz com pouco. É valorizar o pouco, que é muito.
... difícil é agarrar  as pequenas coisas e esquecer o perigo que é morrer por não ver o que o "mais" esconde.
Tenho o mundo dentro das minhas mãos -  agora fechadas. Quando nos falta o chão, não há nenhuma mão para nos salvar.
E o que nos resta? O menos. Esse mesmo menos, que nos fará encontrar o que é realmente importante no nosso coração.

17 de junho de 2012

Complicar

"Complicamos demais a vida.. e por isso, todos os dias nos parecem impossíveis de suportar. 
Cada dia é mais difícil que o anterior. 
Tudo se acumula na alma como ondas de incompetência e desespero. 
Talvez seja importante mudar de atitude e aceitar aquilo a que a vida nos convida. 
Se não queremos aceitar, devemos lutar. 
Ir mais além, querer, fugir ao que magoa, tomar decisões e,
Complicar a vida
 dirigir com afinco a nossa vida."

14 de junho de 2012

Um pequeno desabafo..

"Actualmente, ninguém dá valor aos sentimentos; nomeadamente à amizade e ao amor.
É tão mais fácil descartar e começar de novo. Tão mais fácil desistir e dizer que não se aguenta mais a pressão do quotidiano.
Acabou a luta por aquilo que realmente vale a pena. Acabou a coragem, o carácter e a verdadeira essência que se sente no olhar.
Esta "era" virtual tem tanto de bom como de mau - é uma balança contraditória.
Se por um lado pode aproximar pessoas, por outro, pode agir exactamente no sentido oposto.
As pessoas esquecem-se de valorizar a realidade e vivem como consumistas de tudo que é virtual e imaginário.
No fundo, é tudo bem mais fácil, quando não tem de ser encarado directamente!
As pessoas não são números.
É importante que todos tenham consciência disso quando fizerem escolhas. Quando agirem relativamente a algo.
O amor e a amizade é vivida por gestos - gestos esses que têm de ser inevitavelmente Humanos e reais .
Parece que todos se esquecerem de como é."

6 de junho de 2012

Mafalda Veiga - Fim do Dia

Sem rumo


Toda a vida, fazemos malabarismos para não perder a lucidez do amor. Para confiar cegamente no abrigo que escolhemos para nos manter. O mar que faz embarcar o nosso barco, que dança ao rumo do vento.
Para jogar este jogo {perigoso que é O amor}, com os pés assentes no chão. 
Chão esse que por vezes, se torna ausente.
A cada dia que passa, percebemos que com o tempo, passamos todos a exacerbar a loucura deste sentimento; gestos que nos prendem a pessoas que ancoram em nós a esperança.
E nós? Podemos confiar?
Queria apenas que por um dia, todos os meus sentidos se evaporassem por entre as montanhas que visualizo na minha imaginação.
Estou atada a sentimentos que magoam, que doem do lado esquerdo do peito { Não sei bem onde}.
Hoje quebrou-se em mim, a vaidade de um amor ideal, a certeza de um caminho sem maldade.. 
hoje, há aqui, do lado esquerdo do peito, muita tristeza e poucos sonhos.
Enquanto anoitece, o brilho do mundo desaparece em mim, e sinto
que me falhou o mundo aos pés. Que em nada mais me consigo agarrar. E choro; não choro por tristeza, mas por desilusão.
A desilusão é uma dor mais cruel que a pura tristeza; a desilusão pressupõe uma ilusão, que criamos na palma das mãos, e tomamos conta, com todo o carinho.
Tenho-te aqui comigo, na mão esquerda.
Na minha mão direita, está o que restou do meu coração; falhei com ele.. e ficou em mero pó. 
Tudo se resume a isso: mãos cheias de nada. Pedaços que não quero reconstruir. Sonhos que já não me pertencem. Saudades da inocência perdida, que agora balança nas minhas mãos.
Podia manter-vos nas minhas mãos, mas o que não nos pertence -  é livre. 
Estendo as duas mãos ao vento.. e deixo a vida decidir a verdade, eu fugi ao vazio.
Quero apenas guardar o abraço que um dia, me encheu a alma.

5 de junho de 2012

Sedução


"Os homens convenceram-se de que, por natureza, são infiéis. Porque foram concebidos para cobrir todas as fêmeas do planeta. Vontade não lhes falta; o problema é não contarem com a colaboração das ditas, para além da falta de tempo e de paciência para seduzir as que, de certezinha, se deixariam levar."
Miguel Esteves Cardoso




Este escritor é um génio.
Adoro cada palavra dele. 
A sedução pode ser uma dádiva na nossa vida, quando usada adequadamente e com intenções positivas no amor, nas relações, na vida.
É um tema controverso, este, o da traição.Ou o escolher outra coisa além do correcto, que é o mesmo.
O da sedução em caminhos opostos de uma relação a dois
O querer mais além daquilo que se tem por perto. Que muitas das vezes (estupidamente) não chega. Não nos materializa o amor, nem o sexo. Não basta. Não é exímio. 
Queremos mais. Por natureza, somos uns humanos insatisfeitos.

Ego? Alter-ego? Inconsciente? Emoção? Aventura? Risco? Tesão? Novidade? Mudança?
                                                 (...)
Afinal do que se trata a traição? O seduzir alguém quando se têm um compromisso emocional com outra pessoa.
Os homens (e as mulheres) são por natureza infiéis -  ao amor, às relações, aos compromissos, aos deveres e obrigações.. (...)
Não nascemos propriamente comandados a ser politicamente correctos, nem tão pouco, somos capazes de suprir as necessidades mais básicas com facilidade, e pelos meios mais aceites socialmente;
e por isso, para atingir certos estados de alma.. há caminhos & caminhos para atingir a satisfação -  pessoal, sexual, profissional, emocional, etc e tal.
A monogamia é imposta pela sociedade, é facto. Mas, 
a fidelidade deveria ser imposta pelo coração, pelo carácter da pessoa -  essencialmente, pela fidelidade aos sonhos e às palavras que são tantas vezes gestos desenfreados que dão sinais errados.
Sejam fiéis, a vós mesmos; Não quebrem as promessas do coração, como quem embarca num barco, para uma nova viagem, deixando tudo para trás.

A certa altura das nossas vidas, percebemos, que estamos rodeados de estranhos -  e refiro-me àquelas pessoas com quem partilhamos anos de existência,
porque os verdadeiros estranhos, não magoam a nossa alma.



23 de maio de 2012

Momento de leitura*

 "Sempre que dizemos adeus"

Já teve a sensação de não pertencer à sua família, que é completamente diferente daqueles que a rodeiam?É isso que a decoradora de interiores Harri Ryan, de trinta anos, sente desde criança, apesar deser muito chegada a George, o seu irmão gémeo, e aos carinhosos pais, Gloria e Duncan. É a segunda vez que Harri tenta casar com o seu noivo James, e a segunda vez que tem um ataque de pânico, acaba no hospital com o vestido de casamento e a festa tem de ser cancelada.Harri perdeu o amor da sua vida, mas há mais na situação do que o nervosismo de uma noiva - e desta vez ela quer a verdade. George suspeita que há algo que os pais não lhes estão a dizer. Porém, numa semana tudo será revelado e as suas vidas irão mudar para sempre.


Este romance, desloca-nos para uma história de amor e coragem, que se desenrola essencialmente no seio familiar.
Sem querer acrescentar muito ao desenrolar do romance, quero apenas salientar alguns aspectos,
A família -  demasiado importante para se manter do outro lado da nossa vida. Os nossos pais, irmãos (etc), são parte de nós, tal e qual nascemos. Nem sempre temos a família que escolhemos, mas quando a temos, devemos dar-lhe o máximo de valor.
O amor -  deve estar do nosso lado, aconteça o que acontecer. A vida traz imensos momentos e nem sempre conseguimos corresponder às exigências determinantes para a nossa felicidade; ter alguém que se mantenha a nosso lado, com a lucidez suficiente para continuar a amar, é louvável, num mundo cada vez mais superficial.
Os problemas - sejam eles quais forem, a dor pode ser inigualável.. mas tudo se ultrapassa. O tempo ajuda. O tempo e a capacidade (sobre) humana que cada um de nós magicamente possui.
Os amigos -  a família que escolhemos, e independentemente dos atritos normais que possam surgir, sabemos que a amizade não tem hora.


15 de março de 2012

Brindar..

Um brinde a quem não está preocupado em ser politicamente correcto.
Um brinde a quem não tem medo de ser diferente. Aos que têm caracter, aos que não se preocupam com a opinião dos outros, e aproveitam a vida ao máximo.
Um brinde aos que gostam deles próprios e aceitam de cabeça erguida o que não podem mudar. Um brinde aos que resistiram a vários obstáculos e continuaram a sorrir.
Um brinde aos que não desistem, aos que não veêm na vingança uma forma de vitória. Aos que sabem admitir que erram e são capazes de por o orgulho de lado.
Um brinde aos fortes, aos fracos, a cada um.
Brinda-se aos que seguem em frente sempre que se deparam com um novo obstáculo sem passar por cima de ninguém. Aos que não se calam, mas sabem permanecer em silêncio.
Um brinde aos que gostam de todas as estações do ano, e sabem aproveitar o que de melhor o mundo tem para nos dar.
Um brinde aos que dão valor aos mais pequenos pormenores. Um brinde aqueles que sabem parar e ceder, aos que conseguem dizer não mesmo quando querem dizer sim.
Um brinde a quem se orgulha de se arrepender, a quem aprende com isso, e não tem medo de arriscar outra vez.
Um brinde á vida,
e a nós.