4 de julho de 2011

A palma e a mão

Tudo aconteceu de forma completamente espontânea ,
que se transformou na noite que me fez levitar..
no beijo que me fez brilhar,
no toque que me trouxe à vida...
e no amor,
verdadeiro como aquilo que somos.
Um para o outro. Um do outro. Um rasto marcado pela coragem e confiança.
Porque - o amor.. é simples - és a simplicidade da palma e da mão.

O amor é a consciência do coração - faz sorrir, estremecer, querer..
segura a minha mão contra o teu peito e deixa-me vaguear pelos nossos sonhos..
esquecidos dos tempos em que não éramos um só. Abraço-te, para te transmitir o conforto que sinto com o teu calor. Não quero mais nada - só o teu abraço.
Esse rasto do nada de ontem.. transforma-se num barco que deixou de estar perdido.
Este é o nosso mundo.. Mundo que gira as nossos pés. Que faz mover o coração. Que nos aperta sem apertar.
Agarra a minha alma - os pedaços que juntamos e nos uniu - na verdade e na partilha.
Por amor, faço malabarismos, tal e qual um malabarista.
Pinto o céu - sempre que me apetece - com um sol bem gigante e quente - que aquece a minha alma.
Dou os meus sonhos, para que os completes - que faças de mim, aquilo que sempre quis ser em ti - tatuar no meu Ser, um coração tão puro.

Esta loucura.. a dos apaixonados... torna-me tão sã.
A noite vadia que me queria conceber.. deixou de fazer sentido em mim.
Agora, sou o porto de abrigo que me mostra quem és.

Amo a simplicidade do teu olhar; os gestos que perduram no meu querer.
O teu cheiro que me enlouquece e permanece tão perto do meu desejo.
As palavras que ecoam os batimentos do nosso amor.

Sei agora, com toda a certeza, o que é o amor.
E porque?
Porque.. só agora entendi que não o sei (nem o consigo) descrever. Não surgem palavras suficientes para retratar aquilo que sinto em mim. Não O sei definir. Não sei.
Só o sinto. Só o sei sentir - e embalar com carinho tudo o que me une a ti.

Não sei de que cor Ele é. Nem as horas a que chegou.

Tocou-me, tão forte.. mas tão meigo.
Tocou-me, tal e qual uma brisa transparente - que permanece eternamente no meu sorriso.
Estás aqui - e somos a palma e a mão.