25 de maio de 2010

Semear para Nascer


Depois de acordar da realidade tudo fica melhor
Aqui sem paixão, sem ti, sem mim
Nova descoberta enfim
Milagre de vida e renascer
Triste e solitário este Ser, embalado na noite fria e,
escura. Vamos perder-nos no olhar da ventania,
ao tom de um velho celeiro que assobia ao vento
Enlouquecido e dominado, que esconde as sombras dos riachos.
As forças, as cores e a vontade gemem e transpiram com a chuva.
Campos que mutilamos com o corpo que adormece,
com a alma intensa, aguda e fresca no solo quente.
Há que aprender a existir, a vida é dia sim dia sim
a cada entrega que é feita aqui e alucinada,
com o coração. Dormimos em cima dos velhos sonhos.
Construimos um mundo novo, é preciso morrer para nascer de novo.
Semear para voltar a colher; Semear para nascer.
Penar para aprender a Viver.
Aprecio os campos verdes onde agora cresce um malmequer.
Corremos os espaços que nos permitem agitar as trevas.
O canto da nossa voz que traz cor para a janela da Vida.
O sol demora e faz-nos dormir; Mas desperta quando os seus raios nos encontram.
Sol alegre que nos faz construir novos ninhos.
Acende a alma da vida. Renasce.
E continua a semear.