Muito mais que uma música:
Este poema (prefiro chamar-lhe assim) tem a capacidade de me propor à auto-reflexão,
acerca das minhas atitudes, comportamentos, "queixumes", sorrisos, verdades.. e tudo aquilo que me possa apontar como eu mesma.
Paramos muitas vezes para pensar na nossa vida: na "nossa falta de sorte"... nas coisas fantásticas que nos acontece..em nós!
Mas,
Pensamos na Solidão e naqueles que apenas possuem as suas recordações de tempos que hoje não são suficientes para os fazer sorrir?
A imagem da solidão.. está muitas vezes naqueles bancos de jardim, que não vemos, quando estamos atrasados (ou julgamos estar) para a nossa vida.
Saberemos dar valor a todos os caminhos? Mesmo aqueles que parecem já ter terminado?
Aquele olhar triste e cansado.. que não valorizamos.
Olhar este,
...em que não somos capazes de ver reflectida a experiência que nunca teremos a oportunidade de possuir.
Amanhã, vou sentar-me num banco do Jardim. Vou experimentar aquilo que poderia ser, como Tu. Velho perdido na solidão.
Vou segurar na tua mão e sentir a vibração da tua História. Não procures mais, estarei ali, para te escutar.
Não, não vou ouvir. Porque quem ouve, não reflecte. Vou escutar.. sentir as tuas palavras e pedir,
.. pedir que um dia, me possa sentar nesse mesmo banco do Jardim,
e saber.. saber que o meu sorriso ou mesmo até aquela lágrima terão um significado melhor.
Poderoso e sensível. Saberei que Um dia, fui mais que um olhar de desdém que te deixou passar por mim.
Um velho sentado num jardim...