3 de novembro de 2011

Histórias de vida

O dia a dia,
é uma balança sem qualquer equilíbrio, misturada com vento e poeira..
sem nunca se saber qual é o caminho certo e o momento de ouvir a voz da razão versus coração.
Um desiquilibrio entre os desejos escondidos e os sentidos.
Na rua, um temporal que acende a nostalgia no meu peito... uma brisa que traz o mundo perdido do que ficou.
Estou confusa com este fogo dos gestos loucos que me crescem nas mãos. A cor do meu céu é uma chama que me faz dançar no escuro.
Deixo voar os sonhos, aquando abro um pequena porção da janela da minha alma. Anoitece e escurece, sem nunca deixar que o brilho do amor permaneça sempre que me sinto só.

Não gosto que abalem os meus sentidos.
O que julgo ser.
Os meus sonhos.
Não quero dessas batalhas comungadas com um abrigo em que me quero perder...
Há qualquer coisa que inquieta e rasga o chão da alma. Nem sempre o tempo amadurece qualquer dúvida.
Este é o sabor que resta do nosso calor. Da pele que partilhamos sempre que estamos sozinhos.
Palavras escondidas, que só são arrancadas por pequenos pedaços de cumplicidade.
Talvez só assim seja, até amanhecer...
é tão fácil entregar a alma, a quem nos traga um sopro do deserto; uma gota de orvalho que acalme o que esperamos do amanhã.

Não sei lidar,

lidar com sentimentos indefesos.
Ou então, talvez nem queira saber.
Não me sorrias, porque este lugar, é um pequeno abrigo para onde podes querer fugir. A tarde é fria, e as pessoas gostam de chegar ao calor reconfortante, num olhar que endurece qualquer mágoa que queremos arrancar do peito.

Não posso partir. Nem podes chegar.