20 de setembro de 2010

Dia do Coração

Permanece lá fora a madrugada, mas algo me inquieta e impede o meu adormecer.
O meu coração nunca questionou o amor, mas a minha razão está sempre a fazê-lo.

Pergunto-me várias vezes - racionalmente - numa tentativa de duvidar por mim mesma do que me rodeia,
se existe o amor verdadeiro de que tantos falam.

Existem dias que julgo que não,
outros em que gostaria de dizer que sim,
e depois há dias, como o de hoje, em que o coração se enche de fantasia e acredita no amor além da razão.

Sinto-te aqui próximo de mim e é neste momento que sei que unificas e completas o meu pensamento e a minha vida; as almas gémeas não são mais que o completar do que falta em nós.
Tal como a margem quando adoecemos gravemente a meio do rio.
Nunca deixes de me amar nem de lutar por esta dádiva que caiu do céu, tal e qual uma estrela cadente.
A propósito, sabias que o teu coração é a minha casa?
Há dias em que não me apetece regressar a casa, porque estou chateada. Outros, tenho a certeza que é o meu único local de conforto; mas sabes? Em ambas as vezes, sei que tens a porta aberta para mim.
Gostava que todos nós arriscássemos mais por amor, que lançássemos mais setas do cupido e que contemplássemos a verdadeira essência de ser: o amor.



Não passa de um sonho que podemos realmente viver. Sim, Ele existe. Porque cada pedaço de nós mesmos é uma prova de amor.
Cada dia que passa procuro controlar esta parte derrotista que existe na minha razão;
..... porque nos falham tantas vezes os sonhos pelo qual um dia prometemos lutar?
Caímos demasiadas vezes; muitas mais do que aquelas em que nos levantamos . E estamos sempre a permitir quedas em vez de nos agarrarmos a algo que nos faça sonhar e sorrir levemente.

Não sou uma mulher apaixonada, pelo menos, não tanto como gostaria, porque estou a descobrir o amor a cada dia da minha vida,
não posso dizer que o conheço ou que o vivo na sua plenitude.
Contudo e na minha singela opinião, é assim que vale a pena vive-lo: dia após dia, sem o conhecer.

Quero dizer-te que sinto um sorriso no meu olhar,
poderias pensar que surge pelos bons momentos em que envolvemos os nossos corações,
também,
mas sobretudo pelos momentos imperfeitos que nos controem e completam, tal e o qual um puzzle.
São estes últimos, que nos transformam a cada dia em melhores amantes.
Já chorei quando queria sorrir.
Mas talvez hoje sorria, porque um dia chorei! Chorar parece algo que contraria a vida? Não. É algo que nos enuncia como verdadeiras essências.

Acreditem no amor e façam com que todos os dias seja: o dia do coração.



Sugiro ainda, que assistam a este filme. Pode abrir muitos corações bloqueados à razão.

"Letters to Juliet",

traduzido: "Cartas para Julieta":