6 de julho de 2010

Espelho da alma

Tristeza... a que me quebra, acompanha....
Solidão... a que em mim se espalha e,

me dilacera o coração...
Lágrimas... as que caem pelas minhas mágoas.

Rosto quente em si gelado de
vontades... As que já foram verdades...

Um sonho (sonho?) que vivi, senti, amei, sorri... (passado)
(e tanto mais que não descrevi)

Um pesadelo que não pedi (pesadelo, ermo, quente e terreno.. naquela que fui) ...
Sensações que me proibi de experimentar...
Essas que me dedicavas, quando dizias amar...

Que aqui coabitam na dor e no amor que sucumbi por ti.
Sempre preferi sentir que no fundo de mim,

encontra-se o sinónimo de amor,
que será Dor?
Senti algo. Seria vida, amor... ?
Hoje... prefiro a dormência dos sentidos,
Dormência. Sono. Equivalência.
Perdida na proeminência do que não restou de ti.
Pesadelo (e outro pesadelo) que criaste na ausência dos meus gritos...
gritos que tantas vezes presenteaste...tanto,
quanto ignoraste na audição selectiva com que me amaste!
Nem sei quando cheguei ao meu fim..
Tudo o tempo mudou... acima de tudo,

o tempo já não é. Foi.
Um espelho que não se partiu...
uma história que não se reproduziu,
(mentiu),
mas que aprisionou as almas que alguma vez,
alguém amou.
Preferia o estilhaço, o quebrado, o que não se recupera,
pois, que me tivesses arrancado um pedaço,
para justificar este sentir da dor que se criou...

e ficou e,
ficou!
De um amor que eu vivi,

amor pelo qual eu cresci, dei e formatei ...
Amor, que foi mais que palavras banais em tempos .
Espelho da alma que guardei,
não de ti,
mas por mim e apenas de mim.