7 de maio de 2010

Viagem



Viagem
É o vento que me leva.

O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança Sem alcançar.
Que vai de céu em céu, De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar...

Miguel Torga, in 'Diário XII'





Eu queria, queria.. agora, viajar sem destino!
Pegar na mochila e partir em aventura. Sem saber onde vou parar ou com quem me vou cruzar!
Sem saber o tempo que irá fazer..
Apenas Ser eu e esta minha vontade de explorar o Infinito que me espera.
Hoje, quero sair.. ir mais além dos comuns caminhos do dia-a-dia.
Ser mais do que uma comum viajante. Ir e não voltar até sentir que recuperei deste Inferno que habita a minha alma, que precisa de liberdade, da brisa do mar, do sussurro do vento por entre as montanhas, do ambiente quente da cidade ao fim da noite..
Sou Livre, mas permaneço na Prisão destes mesmos caminhos de sempre!