3 de fevereiro de 2012

Das relações de Amor..


As relações de amor, normalmente começam muito bem.. com muitas provas dos nossos sentimentos, de intensa dedicação, de elevada esperança e sonhos a dois, no esforço de amanhã ser ainda melhor que o hoje. De estrelinhas e corações e, "borboletas na barriga" (...)
com o passar do tempo {muito ou pouco, depende}
surgem as incertezas, as dúvidas, os medos, os ciúmes (...)
As declarações de amor {físicas e emocionais} vão diminuindo.. vamos dando a coisa como certa, como permanente e, imutável.
É nesta fase, que consideramos o amor como nosso. Ali, sempre, sem fugir das nossas mãos.
A partir daqui,
deste ponto em que nos julgamos donos dos sentimentos alheios, não há muita luta.
Não há muito esforço. Não há muita novidade. Não há, simplesmente, a tão importante conquista.
Como podemos acreditar que já conquistamos o que havia a conquistar? Quem nos diz que não há mais além daquilo que até ao momento conseguimos conquistar?
É certo que o nível de paixão decresce com a passagem do tempo; seria extremamente complicado viver em constante êxtase de paixão e enamoramento.
Mas fica o desejo {ou devia ficar} de ser mais... de querer mais... de ter e conquistar ainda mais.
A incerteza apodera-se das nossas vidas, porque permitimos que surga o desgaste relacional.
Porque cada dia é igual ao outro; porque a realidade começa a afastar-se demasiado dos nossos sonhos..
e porque nos cansamos de conquistar quem não nos conquista.
Desistimos. E isso é tão errado, como deixarmos a nossa felicidade em mãos alheias.
O amor, é acima de tudo, saudade - saudade daquilo que não conseguimos, que não conquistamos, que apenas imaginamos no recanto da nossa alma.

O coração enfraquece com a dor. Não há muito a fazer quando se parte um coração. Todo e qualquer recomeço é um muro de pedra, pintado de branco, onde se observam as inscrições marcadas de negro, de uma {ou mais} dor antiga.
Pode parecer fácil, mas o amor é muito mais do que aquilo que exige. O amor precisa de muito mais do que aquilo que se dá.
A simplicidade não faz parte do amor.
O amor é a entrega máxima e total, até ficarmos sem forças e sem medos.