Coração - magoado, revoltado e a fingir não o ser.
Falta-me demais para ter a certeza que esta seria a minha canção; o meu caminho.
Soltei,
sim.. soltei...
aos quatro ventos o amor que senti tão forte no meu peito, só por ti.
É uma tortura ter de abrir a mão perante tudo aquilo que um dia embalei com carinho. Tudo aquilo que abracei como meu. Tudo aquilo que me pertencia.
Muitas vezes, quando o coração adoece, temos de recorrer a algo que jamais usaríamos quando amamos: a racionalidade. Tão minha e tão forte neste momento.
Tenho-te no cantinho mais especial do meu ser. Fazes parte das minhas lembranças, de sempre e para sempre.
Não quero mais, ter de dizer baixinho que vamos tentar chegar à perfeição dos nossos sonhos.
Quero acordar e viver no mundo real. Sem esperanças tolas. Sem noites acesas em dias apagados.
Sem melodias que me embalam no sono. Sem dor que me prende a respiração.
Quero a verdade, nua e crua - A tal verdade que ataca o coração quando solto aos quatro ventos.. o que um dia foi só meu.
Esta dor no peito, sufoca-me intensamente - rompe parte dos sonhos ...
...sonhos - de uma vida.
ou duas; serão provavelmente sonhos de duas vidas.
A força está a faltar.. e tenho de nos libertar.
Só para afastar de vez esta tristeza que consumiu a nossa perfeição.
É na luz que encontrarás o que nos faltou. É no caminho certo, que os sonhos serão mais que meras tentativas de resgate.
Estás aqui.. bem perto das minhas melhores recordações.