11 de junho de 2011

Palavras ao Vento

É devagarinho que abro a minha mão e te liberto deste meu coração.


Coração - magoado, revoltado e a fingir não o ser.

Falta-me demais para ter a certeza que esta seria a minha canção; o meu caminho.

Soltei,

sim.. soltei...

aos quatro ventos o amor que senti tão forte no meu peito, só por ti.

É uma tortura ter de abrir a mão perante tudo aquilo que um dia embalei com carinho. Tudo aquilo que abracei como meu. Tudo aquilo que me pertencia.

Muitas vezes, quando o coração adoece, temos de recorrer a algo que jamais usaríamos quando amamos: a racionalidade. Tão minha e tão forte neste momento.

Tenho-te no cantinho mais especial do meu ser. Fazes parte das minhas lembranças, de sempre e para sempre.

Não quero mais, ter de dizer baixinho que vamos tentar chegar à perfeição dos nossos sonhos.

Quero acordar e viver no mundo real. Sem esperanças tolas. Sem noites acesas em dias apagados.

Sem melodias que me embalam no sono. Sem dor que me prende a respiração.

Quero a verdade, nua e crua - A tal verdade que ataca o coração quando solto aos quatro ventos.. o que um dia foi só meu.

Esta dor no peito, sufoca-me intensamente - rompe parte dos sonhos ...

...sonhos - de uma vida.

ou duas; serão provavelmente sonhos de duas vidas.

A força está a faltar.. e tenho de nos libertar.

Só para afastar de vez esta tristeza que consumiu a nossa perfeição.

É na luz que encontrarás o que nos faltou. É no caminho certo, que os sonhos serão mais que meras tentativas de resgate.

Estás aqui.. bem perto das minhas melhores recordações.