1 de setembro de 2011




Pequenas esperanças

Não sei nada sobre a vida.

Não sei nada sobre os sonhos.

Nem sobre o amor..

nem sobre a fantasia..

nem sei nada sobre mim mesma.

Muito menos sei, acerca dos outros.

De ti. De nós. Do futuro.

Sei apenas, que me sinto interiormente cansada de lutar - com a esperança na mão, em forma de espada. Pontiaguda preparada para nos salvar destas indecisões e caminhos mal preparados.

Os dias são cada vez mais longos e as espereranças menos próximas dos sonhos.

Apenas as pequenas limitações do dia a dia ficam neste quadro

.. seguir sempre a mesma estrada, sem ter interesse no que estará para lá do horizonte.

Porque sei, que a esperança é a tolice da alma. É a consequência de anos e anos de desilusão.

A esperança é o que resta quando tudo o resto sumiu por entre as lágrimas de dor.



Quero partir.. para lugar nenhum. Estar sozinha apenas. Morrer neste mundo demasiado cruel para os meus sentimentos.

E sei, que cada lugar que percorri, foi por momentos meu. Sei que a mágoa que guardei, fez de mim uma pessoa ferida no mais intimo do Ser.

Quando não temos defesas, estamos consequentemente a falhar.


Sinto-me a naufragar no meu proprio tempo. Como se a cada dia, arrancassem de mim, as pequenas esperanças... os pequenos momentos, aos quais tento penetrar.

O tempo parece perdido. E tudo se desfaz com a lágrima que cai.