20 de maio de 2010

Mais que o Ontem!

A vida fascina-me;
faz-me acreditar no hoje, no amanhã e, até no dia que nunca há-de chegar.



A vida...
oferece-me um sorriso quando a saudade aperta,
mais que isso, traz até mim a lucidez necessária que preciso nestes momentos de metamorfose.




Sou um pássaro livre que voa sem fim.. toco as almas que quero e até aquelas que quero manter distantes.

Como o pássaro que sou, um dia,
tive de partir e não pude sorrir,
quebrei as minhas asas.. e o meu espírito; Não costumava ser assim.



Não digas mais o meu nome, já não podes voltar a tocar-me; Não tenhas vontade de me voltar a abraçar. Apenas, toca a tua guitarra junto às ondas da praia e recorda-te daquilo que um dia, consegui ser para ti.
Relembra ainda as mentiras em que nos envolves-te.
Ouve na brisa que vem do mar, o choro que sempre me acompanhou no adormecer.. enquanto o teu abraço se mantinha frio.

Ontem senti saudades..
as lágrimas preparadas para começar a cair.. o coração a quebrar... e Eu disse: Não!
Então caiu apenas aquela gota que não coube no olhar, mas em breve, voltei à minha capacidade de controlar o que hoje já não é.



Hoje sou mais que o Ontem.
Já te disse "Adeus"?

Digo hoje. Ouve-o quando estiveres preparado. Julgo até que já o fingiste ouvir à tempos atrás.






4 comentários:

Anónimo disse...

As saudades não nos matam. O que nos mata é a velhice, a fome, a bala! As saudades são coisa de poeta, de sonhador, de emigrante. Não.. a saudade jamais me poderia preencher o coração por não tornar a ver, a ouvir, a tocar, uma mulher. A saudade é coisa de gente fraca. Não se é homem quando se tem sentimento. Não é isso que se aprende! Homem é mau, lutador, vil, sem nada no coração.
A saudade.. ai a saudade.. A saudade é tão somente aquilo que melhor define a tua falta em mim. A tua falta mulher, não uma qualquer mulher mas tu, Bá. E é fraqueza? Não! É preciso ser forte para pegar em tudo em seguir em frente, quando me mostras que não mais me queres. E todavia, vim-te procurar hoje, aqui, agora. E a tua escrita, a maior certeza é essa, continua bela e limpa.

Bárbara Pereira disse...

A saudade pertence aos corações capazes de amar. Os fracos não sentem saudade. Os fracos não são poetas nem sonhadores!

Entristeço-me com esta capacidade de sentir além do comum? Sim. Por vezes magoa-me mais do que me alegra! Mas sou assim. E com certeza é essa pessoa que conheces em mim, mesmo que agora, seja distante.

As palavras anónimas a mim não me dizem muito, porque quem é, assume-o.
Hesitas em ser quem es?

Anónimo disse...

Sou aquilo que escolheste de mim, um passado curto e recente.

Bárbara Pereira disse...

O passado é sempre curto e recente!
Seja o meu, seja o teu..
seja o que qualquer pessoa!

Devemos apenas centrar-nos no presente!

Do passado.. só resta a saudade (inutil na maioria das vezes).

E eu conheço as tuas palavras.. por isso, confesso, que seja desnecessário o anónimato!