5 de junho de 2012

Sedução


"Os homens convenceram-se de que, por natureza, são infiéis. Porque foram concebidos para cobrir todas as fêmeas do planeta. Vontade não lhes falta; o problema é não contarem com a colaboração das ditas, para além da falta de tempo e de paciência para seduzir as que, de certezinha, se deixariam levar."
Miguel Esteves Cardoso




Este escritor é um génio.
Adoro cada palavra dele. 
A sedução pode ser uma dádiva na nossa vida, quando usada adequadamente e com intenções positivas no amor, nas relações, na vida.
É um tema controverso, este, o da traição.Ou o escolher outra coisa além do correcto, que é o mesmo.
O da sedução em caminhos opostos de uma relação a dois
O querer mais além daquilo que se tem por perto. Que muitas das vezes (estupidamente) não chega. Não nos materializa o amor, nem o sexo. Não basta. Não é exímio. 
Queremos mais. Por natureza, somos uns humanos insatisfeitos.

Ego? Alter-ego? Inconsciente? Emoção? Aventura? Risco? Tesão? Novidade? Mudança?
                                                 (...)
Afinal do que se trata a traição? O seduzir alguém quando se têm um compromisso emocional com outra pessoa.
Os homens (e as mulheres) são por natureza infiéis -  ao amor, às relações, aos compromissos, aos deveres e obrigações.. (...)
Não nascemos propriamente comandados a ser politicamente correctos, nem tão pouco, somos capazes de suprir as necessidades mais básicas com facilidade, e pelos meios mais aceites socialmente;
e por isso, para atingir certos estados de alma.. há caminhos & caminhos para atingir a satisfação -  pessoal, sexual, profissional, emocional, etc e tal.
A monogamia é imposta pela sociedade, é facto. Mas, 
a fidelidade deveria ser imposta pelo coração, pelo carácter da pessoa -  essencialmente, pela fidelidade aos sonhos e às palavras que são tantas vezes gestos desenfreados que dão sinais errados.
Sejam fiéis, a vós mesmos; Não quebrem as promessas do coração, como quem embarca num barco, para uma nova viagem, deixando tudo para trás.

A certa altura das nossas vidas, percebemos, que estamos rodeados de estranhos -  e refiro-me àquelas pessoas com quem partilhamos anos de existência,
porque os verdadeiros estranhos, não magoam a nossa alma.



1 comentário:

S* disse...

Que mensagem forte o MEC escreveu. As pessoas banalizam a fidelidade, as relações. Trair, mentir, é tido como normal. Vai daí, já nem se preocupam muito em disfarçar.