Hoje o mundo está despido pelo vento e tudo o que resta permanece no meu olhar.
Escuto todo este silêncio com calma e, procuro os pontos comuns entre duas pessoas que procuram um lugar perdido (o mesmo lugar quem sabe).
Não vamos permitir o silêncio que engloba as nossas palavras, vamos sim, dar-lhes mais sentido. Mais propensão. Mais vivências.
És igual a mim, fazes pinturas de guerra e protegeste do sol e da lua, com medo das tormentas que se podem registar.
Em cada grito da alma, és igual a mim, tudo te alucina e prende. Esqueces a mistura fantástica que o sol e a fantasia podem romper em nós.
Ficas no teu canto, recatado, e invisível. Não tens coragem de afastar todo esse peso que te esmaga o coração.
Não continues a perguntar quem és... sente, antes, aquilo que poderás ser.
Quando libertares as amarras com que prendes os teus sentimentos e as palavras que usufruem do poder de amar.
Procuro aí dentro, onde te escondes. Quero salvar-te. Não há outra forma de ficarmos perto.
Só pode voar quem arrisca cair; só demonstra palavras sentidas quem as permitir.
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