22 de abril de 2010

"Pouca Luz. Fiel Escuridão"


Sombras negras
habitam o melhor de mim,
Estradas desesperadas
com árvores que se isolam,
Não surgem as lágrimas
apenas a brisa da solidão.
Quebra em mim a dor
e o sofrimento de amor.
Peca por excesso, por entre
os caminhos perdidos.
Afastam-se por medo, teimosia
ou perdição?
Não quero a felicidade
quero o fim
que cura a ferida.

Estar só. Sem dor. Sem alegria.
Regar a realidade sem sonhos
Apalpar o caminho na pouca luz

Mas,

Ser eu. sem ilusões nem compaixão.
Sem ninguém.*

Vozes,

perdidas no meu coração ecoam como restos que deixaram em mim.
Ofuscam o esforço, que tento atingir. Ser mais que pedaços perdidos no chão.
Erro cruel, este, de nos apoiarmos em almas instáveis.
Quis lutar além daquilo que seria capaz. E cedo percebi, que por vezes, também devemos ficar à espera.
Alojei Lágrimas Frias, num coração já gelado.
E deixei, que fizessem dele... habitação sem senão.





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