6 de abril de 2010

"Dizer que... já não magoa!"



Está a ser incrivalmente (estupidamente) dificil ultrapassar tudo isto.

Passei a noite passada a limpar as lagrimas que invadiam o meu coração e molhavam o meu Ser.

Há momentos em que me sinto tão confiante,

não obstante, há outros em que me sinto sem qualquer força ou razão de Ser. Finita força esta que me reforça.


Não me dói a tua ausência. Não. Não dói.

O que me tortura a alma e o íntimo de mim, é a solidão com quem tenho de enfrentar esta dor incansávelmente absurda.


Poderia optar pelo caminho mais leviano, como aliás, tu fizeste, e muito bem (mas algo em mim me impede de tal delirio mecânico e inafundado).


Gosto de partilhar as alegrias com as pessoas que estimo, mas seria de esperar que agradecesse quando estas, me estendessem o braço quando estou na "queda"... (se estendessem).


Inconsciente Mundo que nos foi emprestado por uns anos (90, talvez, ou menos, muito menos). Sempre tão disponivel para receber e tão pouco prestável para oferecer.


Eu gosto de pensar (alivia-me a alma), que faço ambas as coisas na proporção "correcta". Mas, fere-me descobrir que darei sempre mais, do que aquilo que alguma vez irei receber.


Sei que te afastas-te de mim porque é o melhor. Pela primeira vez, te vi a tomar uma atitude consciente e correcta e menos egoista.


Mas porque demoraste tanto tempo a perceber que era isto que eu precisava.. Porque não te afastas-te enquanto o meu coração tinha condições para sobreviver?



Não são raras as vezes que sinto o Mundo a fugir-me. E custa. Porque sei também que são raras as vezes que o quero recuperar.
Só queria um abraço que me amparasse nesta dor.
Não teu. Nem teu... nem teu... nenhum daqueles que tive alguma vez hipótese de experimentar...!
Este abraço que peço, é à vida. Para que não seja vencida pelo cansaço que me entorpece os sonhos e me faz cair na minha cama, como se o Mundo lá fora não fosse para mim.
Sinto-me à parte, olho o Mundo e a Vida, como se já não fizesse parte deles.
Haverá maior vazio que este? O de não pertencer a lugar nenhum?

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