7 de setembro de 2011

Um dia escrevo um Livro



Um dia, quando os meus olhos deixarem esgotar as lágrimas de saudade,

escrevo um livro, onde calmamente deposito, tudo aquilo que fui mais intimamente.

Com a clareza de todos os sonhos e as invenções de cada novo dia.

Se soubesse que a existência, seria sempre este labirinto de emoções, teria começado a escrever deste os meus primeiros segundos de vida,

[Para nunca perder nenhum sentimento, nenhum momento, nenhuma palavra de mim];

se a verdade de hoje, estivesse em mim, há uns anos atrás, teria com certeza lutado mais por aquilo que sempre sonhei e defendi com a coragem de sonhadora.


A consciência quando chega,

chega tarde. Depois choramos. Soltamos palavras ao vento. E aguardamos o seu retorno com a esperança perdida.

Agora compreendo quando alguém me dizia, que a vida só nos fascina na idade da inocência.

Os factos - magoam - preocupam - e não nos deixam alcançar o mundo irreal.

Aquele em que todos somos felizes.

Tenho um livro para escrever. Que toca apenas no coração de quem recorda tudo aquilo que já foi, em tão pequeno alcance da memória.

Pequenos momentos, pequenas lascas de madeira cravadas no peito. Ofertas generosas de recordações plausíveis de enormes recomeços.

Pequenos sorrisos e grandes momentos de emoção.


A felicidade é de facto, bastante relativa.

Para mim, a felicidade é apenas a capacidade que temos, de conhecer a vida como Ela realmente é,

e mesmo assim.. ter um sorriso no rosto. Mesmo assim, acreditar que a Sorte existe apenas na ponta dos nossos dedos.


Felicidade é acordar todos os dias, sabendo que é apenas mais um dia, entre tantos outros, de esperança e coragem.


Vou contar o que me iluminou todos estes anos.. onde encontrei forças para nunca ter ido embora.

Fui sempre um barco à deriva.. mas acreditei sempre que o mundo iria cair a meus pés.

Sou mais um Humano que levita na saudade da inocência. Crente na facilidade de cair nas nuvens e aguentar o ritmo dos sonhos.


São apenas as pequenas loucuras que escrevemos no Livro da Vida.


Sem comentários: