16 de março de 2011

Noite


Caiu a noite neste fim de dia cansado.
O meu coração palpitava pela chegada do nosso momento - aquele que temos partilhado todas as noites; que loucura esta deste sentimento que não cabe dentro do peito e saltita por aí.
Mudei a estação do rádio e adaptei o som à música calma que tocava naquele momento.
Abri a janela e inevitavelmente senti a brisa fresca a abraçar-me a alma.
Este aviso era para mim, este aperto que eu chamei saudade, era para ti.
A lua estava distante, mas mesmo assim, conseguia ver as suas formas entrelaçadas nas cores do céu; como queria ter-te aqui.. percorrer as minhas mãos pelo teu corpo, entoando notas perfeitas de amor.
Pegar nos teus sonhos e transforma-los nos meus desejos.
Esta noite falhaste ao nosso momento; estou tão só. Tal como a lua que nunca se cruza com o sol.
Tal como as gotas de orvalho que se emancipam nas folhas verdes das minhas flores preferidas.
Amores perfeitos? Ou sonhos construídos na imensidão da nossa vontade?
Hoje não estiveste aqui, mas estás no pensamento de quem te imagina em mim.
Não me faças perguntas, porque nada que eu te diga vai indicar o caminho certo.
Esta noite, proclamo às estrelas um desejo tão meu: um amor, tal e qual, o teu.

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