11 de fevereiro de 2011

As Crianças


" Todas as crianças têm direito a tentarem manter-se acordadas até tarde numa noite de Verão, na esperança de verem uma estrela cadente e pedirem três desejos (a justiça devia fazer acontecer sempre pelo menos um).


(...)Todas as crianças têm direito a imaginar o que vão querer fazer quando forem grandes (habitualmente coisas extravagantes) e a perguntar aos adultos «o que queres ser quando fores pequenino?».(...)


Todas as crianças têm direito a ter um boneco de peluche preferido, especialmente quando velho, já lavado e mesmo com um olho a menos.


Todas as crianças (especialmente se já adolescentes) têm direito a usar os ténis preferidos, mesmo que rotos e com cheiro tóxico.


Todas as crianças têm direito a poder tomar banho sozinhas e a experimentar mergulhar na banheira contando o tempo que aguentam sem respirar.


Todas as crianças têm direito a jogar aos polícias e ladrões, preferindo inevitavelmente serem ladrões.


(...)Todas as crianças têm direito a acreditar que têm um adulto que olha por elas e as ama sem condição prévia (nem que seja o Nosso Senhor).


Todas as crianças têm direito a viver felizes e a ter paz nos seus pensamentos e sentimentos. "


In Crescer Vazio, Pedro StechtRead

2 comentários:

Anónimo disse...

Por um momento consegui sorri com o seu texto me lembrando de como a vida era boa.

Bárbara Pereira disse...

Podemos (e devemos) ser crianças todos os dias! :)